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home > Entrevistas > Lissette Orozco, diretora de “O Pacto de Adriana”

Entrevistas
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Lissette Orozco, diretora de “O Pacto de Adriana”
24 de Outubro de 2017
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“Ao pôr luz nos segredos da minha tia, escancarei os segredos de uma família e os segredos de um país”

Adriana era a tia mais querida da diretora Lissette Orozco. Em uma família machista, era a única mulher a bater de frente com os homens. Além disso, ela falava inglês, morava na Austrália e trazia vários presentes sempre que a visitava. Por ter uma relação tão próxima e de tamanha admiração, Lissette resolveu fazer um filme para provar a inocência de Adriana, acusada de fazer parte da DINA, a Diretoria de Inteligência do regime de Augusto Pinochet no Chile. Essa imersão na história e nos segredos de sua família são apresentados em O Pacto de Adriana, primeiro longa da diretora, que faz parte da programação da 41ª Mostra.

Por que você decidiu fazer um filme de uma história tão pessoal?
Como admirava muito minha tia, meu primeiro impulso era fazer um filme para apoiar sua inocência. Mas durante o processo, as coisas foram mudando. Era muito forte entrevistar alguém que dizia coisas terríveis sobre ela e chegar em casa e receber uma mensagem dizendo “oi meu amor, como você está?”. Já estava filmando há três anos quando pensei em parar tudo. Se continuasse com o documentário, trairia minha tia e atingiria toda minha família. Mas minha natureza nunca foi de deixar algo pela metade e havia uma equipe que estava nesse projeto. Por isso, tentei fazer o filme mais coerente possível e que não traísse a mim mesma. Assumi o risco de cortar os laços com pessoas da minha família porque acredito que este trabalho é uma contribuição importante para a memória histórica do Chile e de outras partes do mundo. Não é um conflito de querer desmascarar minha tia, mas o conflito ético de até onde vão os laços afetivos e a morais.

E por que você se colocou tão presente no filme?
Desde que comecei a fazer o filme, li todos os livros sobre a ditadura chilena, vi todos os filmes. Poderia suspeitar que ela estava sim envolvida, mas quando sentei na sala de montagem, pude ver que minha tia, que me ama, me manipulou diversas vezes. Em outras cenas ela me humilhou. Por isso ele termina sendo um juízo pessoal e não político. O público vê como resolvo essa questão quando deixo em evidência que estou fazendo um filme de um filme.

Vocês não mantêm mais contato?
No meio do caminho ela não queria mais falar comigo. E diz que nunca viu o filme, só sabe do que lhe disseram. Eu disse a ela que poderíamos conversar depois que ela assistisse. Hoje, é uma decisão pessoal: não quero mais falar com ela porque não existe nenhum valor ético, humano ou moral que nos vincule. Sua forma de pensar é completamente oposta à minha.

E a sua família? Como reagiu?
Foi o mais complicado. Hoje separo minha família em duas. De um lado está meu núcleo familiar: meu pai, suas irmãs, e meus avós. Essa família está comigo, foi na estreia do filme, conversamos sobre o tema, eles me apoiam. Do outro lado estão os irmãos da minha tia: eles querem me processar porque são cúmplices do silêncio e da brutalidade dela. Ao pôr luz nos segredos da minha tia, escancarei os segredos de uma família e os segredos de um país.

No Chile, a ditadura é uma questão que divide as pessoas e que ainda tem grande impacto, correto?
Na Argentina, depois do fim da ditadura houve uma transição para a democracia, no Chile, houve uma transação. Porque os governos democráticos que vieram a seguir, mantiveram todas as normas instaladas por Pinochet. A única diferença é que não mataram ou desapareceram com as pessoas. Nunca houve justiça. Você pode sair para comprar algo e encontrar o torturador de seu pai. As feridas ainda estão abertas e se alguém puxa o assunto da ditadura militar em um encontro familiar, as pessoas saem da sala. Há quem diga que graças a Pinochet temos uma boa economia. Mas graças a Pinochet não podemos resolver todos esses problemas. Por isso o filme é tão doloroso, mas acredito que ele contribui para mudar a consciência, sobretudo da nova geração. Na primeira exibição, uma jovem de 19 anos não entendia porque, no meio do filme, parte do público estava rindo ironicamente da minha tia. Pessoas que têm consciência política não acreditam nela desde o início. Mas essa menina não. Ela viveu comigo todo o descobrimento. É para a geração dela que esse filme é importante, porque não foi feito com carga política, mas com honestidade.

Juliana Deodoro
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