Público aplaude de pé “O Homem Mosca” e a Orquestra Jazz Sinfônica no Ibirapuera
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Um público animado lotou a grama da área externa do auditório Ibirapuera na última sexta-feira (3), para prestigiar a apresentação de O Homem Mosca (1923), de Sam Taylor e Fred Newmeyer, com acompanhamento musical da Orquestra Jazz Sinfônica sob a regência do maestro João Maurício Galindo.

Horas antes do início da projeção —marcada para as 20h—, grupos de amigos, famílias e casais de namorados aguardavam o evento enquanto se bronzeavam ao sol e assistiam ao ensaio dos músicos.

Celso Bove, 26, publicitário, chegou cedo para guardar um bom lugar. “É meu quarto ano aqui. Eu e minha namorada, que daqui a pouco está chegando, temos essa tradição de vir. Na primeira vez, viemos despreparados, não trouxemos nada e, então, fomos evoluindo. Agora, trazemos lençol e uma comidinha”, contou.

As amigas publicitárias Juliana Reis de Ávila, 26, e Ana Carolina Donega, 26, estenderam uma canga e também montaram seu piquenique ainda de dia. “Vim pelo filme e pela orquestra”, falou Ana.

Antes da exibição, Renata de Almeida, diretora da Mostra, deu as boas-vindas aos espectadores. “Agradeço muito a presença de todos. É o oitavo ano que a Mostra e o Auditório Ibirapuera organizam essa apresentação ao ar livre. Na nossa primeira sessão, em 2010, com Metrópolis (1927) [de Fritz Lang], a Jazz Sinfônica e o maestro Galindo estavam com a gente e é muito bacana que essa parceria retorne agora. Nesta noite especial, veremos O Homem Mosca, com o personagem de óculos, criação genial de Harold Lloyd. Em 2017, comemoramos cem anos desse personagem que não tem nome e o veremos em uma das imagens mais conhecidas do cinema mudo. Boa sessão, e, espero, até o ano que vem”, disse.

Durante o longa-metragem, que conta a história de um rapaz do interior (Lloyd) que se muda para a cidade grande em busca de emprego e dinheiro para se casar com sua amada e que no meio do caminho faz algumas peripécias, os presentes riram bastante e bateram palmas. Ao fim da apresentação, todos aplaudiram de pé, como o estudante Gabriel Casarin da Silva, 24. “Foi inesquecível, o filme é maravilhoso”, afirmou.

A professora Amara Félix, 39, gostou tanto da sessão de Nosferatu que viu em 2012 que decidiu repetir a experiência este ano. “O Homem Mosca é muito bom e a orquestra foi sensacional”.

Carolina Abreu, 38, publicitária, também se divertiu assistindo à obra. “Por mais que [o título] tenha quase cem anos, o pessoal riu e interagiu. O filme ainda mantém a essência. É interessante também porque esse é um filme que eu jamais selecionaria ou compraria para ver em casa, por exemplo”, pontuou.

Elaine Mariano, 42, Robson Timóteo, 44, Júlia Mariano, 6, e Timóteo, mãe, pai, filha e o cão da família, também estiveram presentes. “A gente sempre vem ao Ibirapuera nos eventos aqui fora e eu gostei muito dessa ideia de filme com música e achei que ia ser bem legal para a Júlia também. E, na realidade, é um clássico que o Robson conhecia e recomendou”, revelou Elaine. “Conhecia Harold Lloyd, Buster Keaton... e esse é um ‘classicão’. Então, quando vimos que a orquestra executaria a trilha ao vivo, resolvemos vir”, disse Robson. Ao fim da sessão, Júlia falou para a mãe: “a música combina com o filme”.

Veja a galeria de fotos do evento.

Ana Elisa Faria e Gabriela Valdanha

43ª MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA

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